A normatização das “doenças modernas”.

normatizamos a doença
Aline Tonin
Aline Tonin

nutrição integrativa

A tão almejada por todos nós longevidade, qualidade de vida e saúde é algo não tão fácil de se alcançar nos dias de hoje, considerando inicialmente a questão de que desde crianças na escola somos “educados e ensinados” a trabalhar e produzir e “ser alguém na vida” e não a viver de uma forma razoavelmente boa e saudável.

Por isso quando adultos buscamos terapia com psicólogos pra acolher e lidar com nossas emoções, nossas feridas, traumas e questões que a escola não nos ensinou a lidar. Ou ainda pra “aprendermos a sermos íntegros” conosco, pois a sociedade nos impôs ao longo da vida tantos modelos e regras que nos ensinaram e atender a demanda dos outros e não sermos íntegros com as nossas.

Quando adultos também, buscamos um profissional nutricionista para nos “reeducar” e nos ensinar a nos alimentarmos de uma forma equilibrada e saudável, pois na escola não aprendemos sobre alimentação o suficiente, e nem sempre os hábitos que trazemos da infância são os adequados, a maioria das vezes não. Já crescemos viciados em açúcar e com o paladar industrializado.

Não aprendemos a nos relacionar, a termos uma comunicação amorosa, não aprendemos sobre finanças ou sobre nossos direitos na escola, não aprendemos de onde viemos nem quem somos. Não aprendemos sobre nossa própria cultura de uma forma verdadeira sem manipulações. Não aprendemos sobre política ou religião de uma forma clara, honesta e sincera.

Aprendemos a trabalhar, a produzir, a “ser alguém na vida”, a cumprir regras, horários, padrões, a seguir a boiada. Aprendemos a sermos auto centrados.

Junto com nossos “aprendizados”, imersos em conceitos e ensinamentos enraizados que visam somente uma coisa, “produzir” “mais e mais” aprendemos a ignorar os sinais do nosso corpo, a considerar uma dor de cabeça rotineira como normal, a aceitar que não dormirmos bem há tempos, que nosso intestino “sempre foi inflamado”. aprendemos aceitar a ansiedade ou a depressão como algo normal, normatizamos também o burnout, a falta de tempo, a falta de integridade com os anseios da nossa alma, o relacionamento fracassado ou o trabalho que não tá alinhado com nossos anseios.

Deixamos de lado nossos valores, o que faz nosso coração vibrar, em prol do outro, do filho, do marido/esposa, da família, do trabalho, da busca, da sociedade, das conquistas, metas, da comodidade, da aceitação. Nos afastamos da natureza, dos nossos princípios, da nossa essência, da nossa ancestralidade.

Aceitamos não ter tempo para preparar nosso alimento, as vezes nem pra se alimentar. Aceitamos comprar tudo dentro de caixas cheias de químicos com praticidade nos supermercados. Aceitamos não termos tempo para lazer e atividades de prazer (leia-se hoobies e não distrações como redes sociais ou netflix).

Aceitamos nos alimentar mal, aceitamos dormir mal, aceitamos fazer uso de medicamentos para controlar nosso apetite, nosso humor, nosso sono, nossos impulsos. Aceitamos tomar remédio para “desobstruir” as veias cheias de gordura da má alimentação que temos ao invés de não se entupir de gordura diariamente ou ainda aplicar botox no músculo do maxilar para pausar uma rigidez (apertamento) desencadeada por maus hábitos e estilo de vida.

Aceitamos normatizar o cigarro, o álcool, os vícios como algo “ok”. Aceitamos sermos manipulados por algoritmos e robôs, aceitamos tapar o sol com a peneira com remédios e mais remédios! Aceitamos nos distanciar da nossa essência como ser humano, aceitamos não termos momentos de felicidade, aceitamos preconceitos, sexismo, repressão. Aceitamos guardar nossos sonhos debaixo do tapete.

Queremos autoconhecimento em pequenas doses, por medo do que acontecerá. Tentamos guardar cometas em caixas de fósforo, para fazer deles acalento em noites frias. As estrelas não aceitam ser escondidas e guardadas: nem as mais belas descobertas sobre você irão adiar para sempre o tempo delas, um dia a coragem vem!

SAIBA PRIORIZAR. Saber o que realmente importa, talvez seja um dos maiores segredos da vida plena, saber onde colocar sua alma, seu corpo, sua atenção. Estamos exaustos tentando abraçar o mundo. É preciso não saber, talvez seja o primeiro passo para saber o que de fato é importante.

Silencie, reveja seus hábitos de vida e saúde, espere as águas de dentro pararem de se agitar, e veja o quão ausente estamos da nossa própria vida.

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Te ajudo a equilibrar sua rotina, seus hábitos e harmonizar sua saúde.

Com Carinho, Aline Tonin.

Nutricionista e Terapeuta Ayurveda.

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